Oops! I've forgotten yet again. Se você entende tudo na hora, mas na aula seguinte parece que te passaram um neutralyzer e você esqueceu tudo, talvez seja a hora de aprender uma nova estratégia. Confira as dicas abaixo do professor Gui Araujo!
Ih, esqueci. Você já reparou se você é uma pessoa que, na hora da aula, você entende tudo, faz os exercícios corretos, acerta na pronúncia, e quando chega a aula seguinte, você esqueceu tudo completamente?
Bom, você não é a única. (único).
Segundo os estudos de Hermann Ebbinghaus, psicólogo alemão, durante o momento do estudo, boa parte das pessoas consegue absorver a grande maioria das informações que são passadas. Mas após 20 minutos, esquecemos cerca de 42% de tudo que entendemos. Após 2 dias, esse percentual sobre para cerca de 70%. Em um mês, o total de conhecimento que perdemos pode chegar entre 80% e 90%.
Say, what?
Ebbinghaus tirou essas conclusões em um estudo chamado Curva do Esquecimento, em que expressa uma hipótese de que a retenção de novas informações na nossa memória, declina com o passar do tempo.
Ele também descobriu que pessoas têm diferentes capacidades de memória, e por isso, precisariam de mais esforço inicial para reter novas informações com métodos diferentes. E que também, alguns fatores como sono e estresse contam quando relacionados ao estudo. Ele definiu que o aprendizado se resume em duas coisas: A força da memória de cada um, e o tempo que passou desde que se aprendeu algo novo.
Então, se você se encontra nessa situação, de constantemente esquecer as novas matérias, provavelmente você precisa se observar. Existem 3 coisas que podem fazer seu aprendizado melhorar muito no quesito tempo passado e força da memória.
Shall we take a look at it?
1. Good night. Sleep tight. Don't let the worries bite.
O desempenho no aprendizado em qualquer matéria pode ser afetado negativamente quando não temos um sono restaurador. Nossas rotinas são demasiamente estressantes. Fazemos 10 coisas ao mesmo tempo, enquanto nos é exigido umas 15.
Quando estamos sobrecarregados com nossas rotinas, é difícil absorver algo novo. Pois, temos que estar 100% prontos para tudo. E isso, fazemos com o que já temos dentro de nós. Mas geralmente, não com o que não conhecemos.
O sono tem um papel fundamental na memória, e quando não dormimos direito, nossas memórias imediatas são as mais afetadas, por isso quando não dormimos o suficiente, acordamos meio sem saber o que fazer, meio perdidos, e nosso dia não rende. Se você percebe que não está tendo um sono restaurador, vá ao médico. Ele ainda tem as melhores recomendações para um sono restaurador.
E a primeira coisa que ele irá lhe falar é o seguinte:
- Do not waste your sleeping time scrolling.
- Scrolling?
Yes.
O scrolling é o ato de ficar passando pelos posts de uma rede social e não se aperceber que o tempo passa. Isso afeta o sono, pois a luz do celular afeta o ciclo cicardiano, que naturalmente regula o sono.
Quando nos preparamos para dormir, temos que criar rituais para atingirmos um sono restaurador, e a luminosidade tem que ser nula. Totalmente escuro.
Se mesmo assim, seu sono não melhorou, tente aprender a meditar. Hoje temos muitas ferramentas modernas que nos ensinam isso. Até temos apps muito bons por ai. Se você assiste vídeos no Youtube, provavelmente já viu uma propaganda de um app de cor laranja. Esse é bom. Aprenda um pouquinho e faça antes de dormir. Isso é bom para desfocar dos problemas cotidianos que aparecem justamente na hora de dormir.
Para estes, você deve ter em mente o seguinte: Eu tenho esses problemas para resolver. Eu sei. Mas neste momento, tudo o que envolve esse problema está em retiro. As pessoas que preciso envolver para resolver o problema, provavelmente, estão dormindo também. Os lugares que eu tenho que ir para resolve-los, todos estão fechados. Então, devido as circunstâncias, posso me dar o luxo de dormir, porque é o que todos estão fazendo.
Isso vai ajudar. E muito.
Você pode até recorrer a medicação homeopática, que não agride tanto o organismo. E se mesmo assim não resolver, novamente, vá ao médico!
2. Practice makes perfect
Agora vamos a prática. Não dê uma de malandro com você mesmo. Se você quer aprender algo, você vai ter que estudar, sim! Uma das premissas do estudo da Curva do Esquecimento, é que, a medida que temos uma baixa na memória enquanto o tempo passa, temos que relembrar o assunto e mantê-lo fresco na mente. Isso é uma das primeiras dicas que eu dei no blog, e gostaria de relembrar com você. Não deixe seu Inglês na estante! É preciso sim, estudar fora do horário de aula.
But, how do I do that?
Organizando, estudando e relembrando.
Você pode estudar a matéria e relembrar a cada dia livre de aula. Não necessariamente, você precisa estudar a cada queda de percentual de memória da curva do esquecimento. Mas a cada dia, escolha a matéria que você está com dificuldade, e pratique ela por 30 minutos. Quando dominar, passe para outra que você também tenha dificuldade.
O que ajuda nesta hora, é ser organizado. Crie uma agenda de estudo. Priorize na agenda, as áreas de mais dificuldades. E o segredo de uma boa organização de agenda, é ser fiel a ela.
O importante é também trazer as dúvidas para a sala de aula. Como forma de validação. Que estamos aprendendo do jeito certo.
Lembrem-se da dica do post da Fluência. Quando estiver de bobeira, começe a pensar em Inglês. E quando tiver dúvida, mate-a na hora!
Quanto mais você se esclarecer no assunto, por completo, melhor você vai aprender. E isso vale usar de todas as ferramentas possíveis. Livros, youtube, blogs e podcasts. Isso é uma ótima maneira de quebrar a explicação e fazer com que você entenda melhor sob diferentes óticas.
Depois, tente experimentar se arriscando. Na aula, ou com amigos, pratique o que você aprendeu.
Pense no aprendizado como um esporte. Para se tornar cada vez melhor, você precisa treinar bastante. Estudar é como ir à academia. Os exercícios e prática vão se tornando mais fáceis a medida que vamos praticando. Nosso cérebro se desenvolve como desenvolvemos nossos músculos. Prática, repetição e descanso.
- Mas profê, eu faço isso! E mesmo assim não consigo absorver as coisas. Estou ainda com muita dificuldade.
- Então, você tem uma mente diferente. Little grasshopper.
E para isso, o que falta?
3. Make it Relevant!
Uma das coisas que eu reforcei no início do blog, é você procurar formas de aprender que sejam feitas para você. Para o seu perfil. Por isso, muitas escolas, não só de Inglês, estão passando por uma crise de aprendizado. Justamente porque os alunos não se identificam o conteúdo que lhe é apresentado e nem criam um vínculo com o professor.
Se identificar com a matéria, é um dos passos para as pessoas que têm dificuldade em aprender, para superar desafios. Um ensino padronizado, nunca vai ter o mesmo impacto de um ensino feito só para você. Porque é mais fácil aprender algo que tenha um sentido para você do que tentar bater na tecla de algo que você não é. E para isso, qualquer matéria pode se adaptar. E é por isso que reforço a idéia de que: Se você faz Inglês porque precisa, você corre o risco de nunca aprender.
Quando você procurar um curso de inglês, procure saber se o professor tem capacidade de se adaptar ao que você precisa. Cursos básicos de Inglês têm muita desistência em alunos adultos pois seus materiais estão moldados para uma didática adolescente. Que já não fazem parte do universo desses alunos.
E é por isso que os cursinhos pré-vestibular têm uma eficácia melhor do que o ensino tradicional. As estratégias de memorização são moldadas pela associação de frases e trocadilhos com universo jovem que remetem à matéria original.
Na hora de seu estudo, tente se interar de um assunto que você goste, ou seja interessante, que você queira aprender sobre. Tudo isso em Inglês. É ai que aprendemos seus jargões, phrasal verbs, expressões idiomáticas particulares de cada assunto. Quanto mais nos tornamos curiosos, mais temos ferramentas para abrir nossos horizontes.
Vocês conhecem a história do médico Patch Adams? Se não, recomendo o filme. :) Ele trouxe uma nova abordagem no cuidado com pacientes, e ficou conhecido por "Médico do Riso". Sua filosofia é o amor, não apenas no ambiente hospitalar, mas em todas as relações. Ele mudou a abordagem dos enfermos para uma relação mais próxima com seus pacientes.
Ele diz que não se trata apenas de rir, mas de conexão verdadeira com as pessoas. Sua abordagem é muito utilizada em hospitais de câncer aqui no Brasil e no mundo. Tudo por que ele teve uma abordagem diferente ao seu tema de trabalho, resignificando sua profissão.
E porque eu trago isso?
Porque na nossa vida, independente do assunto, temos o poder de resignificar qualquer coisa. Num âmbito mais prático, podemos resignificar uma matéria chata para algo que crie uma conexão com o aluno. E o aluno pode criar um sentido novo e conectar a matéria em sua vida cotidiana. E isso, é algo humano. Nenhum robô de aplicativo de idioma consegue fazer.
E, comprovadamente, a memória que mais grava em nossa mente, é aquela que levamos uma emoção junto. E porque não fazemos isso com qualquer matéria, tipo Inglês?
Bom, essas são as dicas. Tente mesclar os três tópicos. E isso deve ajudar você a melhorar no Inglês. E lembre-se:
Esteja presente. Be here.
Só conseguimos associar emoções quando estamos realmente inteiros, presentes em uma situação. E aprender com emoção, faz ativar áreas da memória que duram mais a longo prazo. E assim, temos mais facilidade de lembrar quando estudamos e refrescamos nossa memória.
Think about that.
Cheers. :)
É admirável Prof. Gui, como é evidente seu foco em realmente oferecer todo o instrumental para que seus alunos aprendam. Essa matéria traz aspectos fundamentais para o aluno se compreender e saber como superar suas dificuldades. Parabéns