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  • Foto do escritorGuilherme Pereira de Araujo

Saber Inglês NÃO BASTA, você precisa entender como se comunicar!

Atualizado: 4 de jul. de 2020

Ser fera no Inglês significa mais do que se expressar usando uma gramática impecável. É preciso entender o próximo.

Confira as dicas do prof. Gui Araujo sobre Soft Skills com Inglês.


I stumbled like my words,

Did the best I could.

Damn, misunderstood. But intentions good...


(Eu tropecei como minhas palavras, fiz o melhor que pude. Droga! Mal entendido. Mas as intenções eram boas)

Misunderstood - Bon Jovi



Vamos imaginar a seguinte situação na sua carreira:


Você finalmente chegou a um cargo de liderança em uma empresa internacional. Essa empresa tem diversas parcerias no mundo inteiro. Muitos segmentos a procuram para patrocínio e a demanda é bastante exigente. Ao longo de sua carreira, você procurou aproveitar todas as oportunidades de estudo e o Inglês foi uma prioridade. E finalmente, isso compensou. Afinal de contas, se não fosse por isso, não teria chegado nessa multinacional.


E o melhor, essa empresa é um clube de futebol!



A strike from the skipper!



Finalmente chega a hora de fechar um negócio com uma empresa líder no segmento de terceirização de serviços da Índia. O professor te chama do banco.

- You're in, Champ. Do your best!


Você levanta, aquece, tira o moletom, coloca o blazer e entra no avião com destino a Nova Déli. No momento você está no topo do mundo. E começa viajar na "vibe" do seu mp3.



Now playing: "Money" - Pink Floyd



Começa o contrabaixo...

"I'm in the high-fidelity first class travelling set and I think I need a Learjet".


Katching! (Caixa Registradora)


Tanta vaidade que a Carly Simon falaria que você provavelmente pensa que a música é sobre você mesmo.


Chegando lá, você se dirige para a sala de reuniões. E você se encontra com um dos maiores Business Tycoons no mercado. Tudo é muito desafiador, mas você se sente confiante. Você se apresenta para ele, aperta a sua mão, e agora "It's now or never". (É agora ou nunca).


A conversa vai, a conversa vem, e NADA DELES IREM DIRETO AO PONTO. Até o momento, você já aprendeu que não existe carne bovina nos McDonald's de lá, que Ghandi não iria conseguir unificar a Índia em uma década e, que eles são tão fissurados por Cricket que uma vez uma família indiana foi de carro de Singapura até a Inglaterra só para ver a Copa do Mundo desse esporte. Que maluquice! 22.000 km dirigindo para ver Cricket?! Como pode isso? Na real, eu acho isso nada a ver, você pensou.


Até que finalmente o magnata toca no assunto. Você apresenta uma proposta de patrocínio e menciona que o time estava disposto em fazer uma pré-temporada com algumas de suas estrelas, jogando contra os times da Índia, se eles fornecessem capital para prover as chuteiras e uniformes de marcas pioneiras para o clube e para contratar dois jogadores estrelas, e aí vocês estampariam a marca no uniforme, com o logo bem visível, para todo mundo ver.


Até que ele diz:

- We shall see, We shall see... Everything is possible here in India.

(Vamos ver, vamos ver. Tudo é possível na Índia), E sorri para você.


Well, that's a yes to me!

(Bem, isso é um sim pra mim...), você pensou.



Not quite... (Nem tanto).



Vocês se encontram novamente na semana seguinte. Agora é a hora certa para fechar o acordo. Num restaurante com uma vista linda, muito colorida, cheio de estátuas de entidades com oito braços e pernas, então se sentam no chão, e ele chega. Maasss... novamente, mais "jibber jabber". Mais Lero-lero sobre as vacas serem sagradas e como algumas pessoas se curaram de lepra no sagrado Rio Ganges. E lá vai mais Curry na comida. Você nunca suou tanto na vida. Mais três dias resultariam em um desastre séptico no banheiro.


- Stop beating about the bush already (pare de enrolar já!), você pensou.


Finalmente o assunto do contrato volta e o magnata menciona que gostaria de pagar pelo patrocínio. Mas, ele gostaria de comprar de um fornecedor local, pois ele confiava mais em seus parceiros indianos.


Outrageous! (Ultrajante!) Eu achei que estava tudo certo!


That's enough! Chega! Você vai direto ao ponto e diz que está aqui para fechar o negócio que já parecia certo. E que já cansou a ladainha.



...Awkward Silence... (Silêncio constrangedor)



Depois disso, o tratamento deles começa a ser diferente. Começam a serem secos, te acham arrogante e não concordam com a marca dos uniformes. Para eles, a qualidade de um fornecedor local é igual e querem patrocinar um representante Indiano para as chuteiras. Parece que não vão aceitar e você vai perder o acordo de vez...


- What did I do wrong?


Everything!!



Misunderstood. But the intentions were good!



Geralmente, acreditamos que saber um segundo idioma ou ocupar um cargo de liderança em uma multinacional é o suficiente para ser um sucesso profissional. Mas o que a gente não contabiliza é que a língua não é só um código para transmissão de informações, e na realidade, comunicação vai muito além disso. Esse movimento é mais transacional.


Segundo Katherine Hampsten, é como um jogo de arremesso. Só que ao invés de uma bola de queimada, é uma bola de argila. Você pega a argila - faz um molde contendo suas crenças, sua idade, etnia, gênero, sua criação, sua visão de mundo, seus medos, seu ego - e joga a informação com um tempero emocional seu ou do ambiente. Aí, a outra pessoa recebe - tenta reconhecer a forma que pegou com os moldes dela, bem diferentes do que essa que está em suas mãos - filtra e transmite uma resposta em outro formato com as impressões dela. É aí que podemos nos desentender. Mesmo com as melhores intenções. Quando muitas variáveis estão implícitas na informação, várias interpretações geram conflitos. E aí não há a conexão quando não aceitamos a informação moldada por outras formas que não pareiam com nossos filtros.


Para evitar, por exemplo, que um acordo com um patrocinador de outro país não se conclua, tente fazer o seguinte:


- Saiba que ESCUTA-ATIVA não é o mesmo ESCUTA-PASSIVA. Seja presente e observe a situação. Não dependa só da transmissão. Leve em consideração os moldes que interferem. Eles que ditam a efetividade da conversa.


- Se dedique a conhecer a outra parte. Sempre serão diferentes de você. No caso, culturalmente, os Indianos gostam de falar muito sobre a vida e ir jogando as cartas aos poucos. Dar um presente para a família pode ser muito auspicioso, Thika Hai? Ser direto soa desrespeitoso. Eles demoram para desenvolver confiança. Mas nos EUA e Brasil, ir direto ao ponto é bem comum.


- Tome conhecimento dos seus próprios filtros. NUNCA ASSUMA QUE O QUE VOCÊ DIZ É ÓBVIO. Mesmo que o fantasma do Trimagasi insistir na idéia, na verdade ele só quer te levar para o fundo do poço da solidão. (Ver Filme "O Poço" de Galder Gaztelu-Urrutia) E esse é o principal causador de falhas de comunicação para nós ocidentais e também razão de ruptura de relacionamentos pelo mundo todo.





That should do the job!



E lembrem-se:


Mesmo com boas intenções, estamos sujeitos à falhas na comunicação. Desde uma briga com uma garota tipo na música com o Bon Jovi, até jogar dinheiro fora por não escutar o outro lado em uma negociação.


Essa história foi tirada de um de nossos estudos de caso do curso Homa Business English. Se você gostou, curta nas redes, comente e entre em contato!


Acompanhe os próximos posts sobre Inglês e Soft-Skills.


Cheers,






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